
Qual é a Melhor Estratégia para o Seu Dinheiro em 2025
Investir pensando em renda passiva se tornou uma das principais estratégias entre investidores que desejam construir liberdade financeira. Mas uma dúvida comum entre iniciantes e até mesmo investidores mais experientes é: vale mais a pena investir em ações ou ETFs para receber dividendos?
Neste artigo, vamos comparar em detalhes essas duas alternativas. Você entenderá como funcionam os pagamentos de dividendos, as diferenças fundamentais entre os ativos, os riscos envolvidos, a tributação e, principalmente, qual estratégia faz mais sentido para seu perfil em 2025
Diferenças entre Dividendos em Ações e ETFs
Dividendos em Ações
Ações são partes do capital social de uma empresa. Ao comprar uma ação, você se torna sócio e passa a ter direito a uma fração dos lucros — os dividendos.
- O pagamento de dividendos é definido pela diretoria da empresa, podendo variar ou ser suspenso.
- Empresas mais sólidas, como blue chips (ex: Itaú, BB, Taesa), costumam ter histórico consistente de pagamentos.
- O valor recebido depende da quantidade de ações que você possui e do valor anunciado por ação.
Dividendos em ETFs
ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos de índice negociados em bolsa que replicam o desempenho de um índice ou estratégia.
- Um ETF que investe em ações pode receber dividendos dessas empresas.
- Alguns ETFs distribuem os dividendos diretamente aos cotistas (ex: DIVO11), enquanto outros reinvestem automaticamente (ETFs de acumulação).
- Existem ETFs focados exclusivamente em empresas pagadoras de dividendos, como os dividend aristocrats nos EUA.
Como Funciona o Pagamento de Dividendos?
Em Ações
O processo de pagamento de dividendos por ações segue um cronograma padronizado:
- A empresa anuncia o dividendo e define o valor por ação.
- Estabelece duas datas importantes:
- Data-ex: quem comprar a ação a partir dessa data não tem direito ao dividendo.
- Data de pagamento: dia em que o valor será creditado na conta do investidor.
- O dividendo é depositado na conta da corretora ou reinvestido automaticamente, se for o caso.
Em ETFs
ETFs também seguem um processo semelhante, mas com algumas diferenças:
- O fundo recebe os dividendos das empresas que compõem sua carteira.
- A depender do tipo de ETF, ele pode:
- Distribuir esses dividendos aos cotistas de forma periódica (mensal, trimestral ou anual).
- Reinvesti-los automaticamente, aumentando o patrimônio do fundo (comum em ETFs internacionais ou de acumulação).
- O valor por cota varia conforme o volume recebido e a política do fundo.
Riscos Envolvidos
Riscos em Ações
- Corte ou suspensão de dividendos: uma empresa pode enfrentar dificuldades financeiras e reduzir ou parar o pagamento.
- Volatilidade do preço: dividendos não garantem retorno positivo se o preço da ação cair bruscamente.
- Risco de concentração: investir em poucas empresas pode aumentar a exposição a problemas específicos de um setor.
Riscos em ETFs
- Diluição de dividendos: a diversificação do ETF pode reduzir o yield comparado ao investimento direto em uma boa pagadora de dividendos.
- Taxas de administração: essas taxas são cobradas pelo fundo e reduzem o retorno líquido.
- Risco de mercado: ETFs seguem o desempenho de índices, que podem ter períodos de queda.
Tributação de Dividendos no Brasil e no Exterior
No Brasil (Ações e ETFs Nacionais)
- Dividendos recebidos por ações ou ETFs nacionais são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, conforme a Lei nº 9.249/1995.
- Porém, o lucro na venda de ações e cotas de ETFs pode ser tributado:
- 15% sobre o ganho de capital.
- Para ações, há isenção até R$ 20 mil em vendas mensais (desde que não haja day trade).
- Para ETFs, não há isenção, mesmo abaixo de R$ 20 mil.
No Exterior (Ações e ETFs Internacionais)
- Dividendos de ações e ETFs estrangeiros são tributados na fonte, geralmente:
- EUA: 30% retido automaticamente, podendo cair para 15% com o formulário W-8BEN.
- Irlanda (ETFs europeus): pode haver retenção zero para alguns países.
- No Brasil, você deve declarar os dividendos recebidos e pagar IR se ultrapassarem R$ 35 mil/mês em vendas ou tiver ganho de capital.
- A apuração e o recolhimento do imposto são feitos via carnê-leão e DARF.
Qual é Melhor: Dividendos em Ações ou ETFs?
Comparação direta:
Critério | Ações Individuais | ETFs de Dividendos |
---|---|---|
Potencial de Retorno | Alto (se bem selecionadas) | Moderado (diversificação dilui) |
Risco | Alto (menos diversificado) | Menor (diversificação automática) |
Tributação | Isento (BR), 15–30% (EUA) | Idem, varia com tipo e origem |
Facilidade de Gestão | Exige análise constante | Gestão passiva |
Custos | Menores (sem taxas de fundo) | Taxas de administração do ETF |
Controle da Carteira | Total | Nenhum (fundo escolhe os ativos) |
Para quem cada um é indicado?
- Ações individuais:
- Para quem quer estudar e selecionar empresas com alto potencial de dividendos.
- Ideal para perfis ativos, com tempo para analisar balanços e setores.
- ETFs de dividendos:
- Para quem deseja simplicidade, diversificação e menor risco individual.
- Ideal para iniciantes ou investidores com perfil passivo.
Conclusão: Qual Escolher em 2025?
Ambas as abordagens têm seus méritos, e a escolha depende do seu perfil, tempo disponível e objetivos financeiros.
- Se você busca renda passiva com maior controle e potencial de retorno, ações individuais são o caminho.
- Se deseja diversificação automática, menos exposição a erros e uma experiência prática, os ETFs são excelentes.
💡 Estratégia híbrida:
Muitos investidores combinam as duas abordagens: usam ETFs para garantir uma base estável de renda e diversificação, enquanto alocam parte do portfólio em ações individuais com alto dividend yield.
Exemplos para Explorar
- Ações recomendadas:
- TAEE11 (setor elétrico)
- BBAS3 (bancário)
- ITSA4 (holding de investimentos)
- ETFs recomendados:
- DIVO11 (ações com histórico de dividendos)
- IVVB11 (exposição ao S&P 500)
- SCHD (EUA) – ETF americano de dividendos